08 novembro, 2010

Um peixe morreu!

Um peixe morreu, pai!

O mundo parou. Então a morte existia. A morte, a improvável morte, chegara.

Um peixe morto: barriga inchada, olhos baços.

Um pequeno néon.

Até o nome que lembrava luz havia se apagado.

O que fazer?, algo novo havia surgido e uma coisa que era permanente havia se quebrado.

A gente compra outro, filha. Joga na privada.

Mas a morte tinha feito seu serviço. E dali por diante tudo pareceria instável: o ar, os peixes; e principalmente o vidro com certeza se quebraria mais cedo ou mais tarde.

foto: Mark Kubiszyn - Dead fish on canvas

Nenhum comentário:

Postar um comentário